Praxe no Meco (novamente)

(só esclarecer que eu chamo praxe no Meco para contextualizar, logo à partida, a situação).

Como seria de esperar, surgiram mais dados, mais especulações. Coisas que nos próximos tempos vão ser o prato do dia.

Desta vez, na reportagem que deu há bocadinho na TVI, falava-se da hipótese de a praxe no Meco ter sido, efetivamente, uma praxe, um teste aos limites. Confesso que fiquei um bocadinho com o coração apertado ao ver aquilo. Para mim, isto não é praxe. É uma seita, com limites muito rigorosos e definidos, que toca naquilo a que muitas chamam lavagem cerebral, que transforma as pessoas de uma forma assustadora, verdadeiramente assustadora.

Também, e inevitavelmente, o testemunho daqueles pais é o ponto principal da reportagem. Não sei se é por ser uma realidade tão próxima de mim que faz com que este caso mexa tanto comigo, mas ouvir alguém dizer que já não há nada que traga a filha de volta, mas necessita de uma resposta traz aquele pergunta que toda a gente faz 'porque é que ele não fala'?

Por outro lado, também percebo este silêncio. Não sei se é, ou não, intencional. Fala-se na hipótese de amnésia seletiva, que num caso tão traumático não será assim tão invulgar. Mas acho que entende a falta de força, de coragem, até, que exista para pronunciar uma palavra sobre isto. Foram os amigos dele, os caloiros dele, os que estavam à sua 'ordem' que morreram em algo planeado por ele. E gerir tudo isto não será fácil, principalmente devido às proporções que o caso está a tomar.

Vai mesmo continuar a haver, por muito tempo, mais uma palavra a dizer sobre o assunto, não vai?!

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