Se há pessoa que está longe de andar preocupada com a média, sou eu. Eu sei que nem devia ser tão descontraída, que isto ainda me pode custar algumas coisas, mas não há nada a fazer. Andar a viver só para a faculdade não é para mim e fazer um brilharete em frente aos professores está longe de ser um dos objectivos da minha vida.
Depois, claro está, há gente que só vive em função da média e acha que, até surgir Agosto, tudo passa para segundo plano. Isto é daquelas coisas que não me afecta nada, excepto numa situação muito específica.
Aqui há dias, a F. (muito preocupada da vida com a sua média), amiga da L. (pessoa muito querida que é amiga de ambas) estava nos seus estudos quando lhe telefonei. Expliquei-lhe que a L. estava mal, que precisava do nosso apoio e era bom no fim-de-semana levá-la a qualquer lado para que ela pudesse desanuviar. E qual a resposta?! "Organiza tudo e depois diz-me qualquer coisa, que eu tenho muita coisa para fazer e depois logo digo se posso".
Ora só me apeteceu mostrar-lhe a quantidade de coisas que tenho para fazer (que, assim só por acaso, são muitos mais que os dela.. mas são mesmo) e explicar-lhe que, um dia que ela esteja mal, precise de um abracinho, o seu certificado da licenciatura não vai ganhar mãozinhas e fazer-lhe festinhas no cabelo. Como achei que isto poderia ferir susceptibilidades, não fosse eu uma grande estúpida que não faz nada da vida, tentei explicar que, no ensino superior nunca está tudo feito, há sempre qualquer coisa em atraso e que se for por isso que deixamos de apoiar os nossos amigos naquelas horas pouco bonitas, pois bem, então só devemos poder ter amigos em Agosto e nas duas primeiras semanas de Setembro.
Mas, como tudo nesta vida, são opções e é tudo uma questão de prioridades. Cada um sabe de si.