domingo, 27 de outubro de 2013

A cabra que sou!

Devem andar a ver a Casa dos Segredos, como é normal. Sendo assim, já perceberam a verdadeira essência de cabra que vive em algumas concorrentes. E, por mais que não queiramos admitir, é assim uma coisa normal que vive em todos os seres do sexo feminino (eles têm outras coisas de animal, também, só que não gostam de admitir).
Todas nós temos assim qualquer coisa que às vezes nos dá para ser safadas/cabras/malvadas, e isto não quer dizer que sejamos más pessoas ou que andemos com os namorados das outras (credo, estejamos longe de triângulos amorosos e de ser destruidoras de lares). Mas é algo tão natural como a predisposição genética para a celulite, umas mais, outras menos, contudo sempre lá.
E como é que isto se manifesta? Pois bem, em pequenas coisas que só nós reparamos. Peguemos no caso da Casa dos Segredos, que é um assunto que toda a gente domina. A Sofia diz "aquelas pernas de alicate" e a Débora comenta "aquela rabo enorme". Isso é ser cabra, sem maldade. Noutro patamar teremos, claro está, pôr creme depilatório na roupa, isso já é ser mais cabra.
Claro que este texto poderá estar a ferir susceptibilidades porque, no fundo, ainda há um grande medo das palavras, do que se diz, até do que se pensa. É por isso que às vezes preferíamos levar vinte estalos do que ouvir esta ou aquela coisa a nosso respeito, verdade?! Mas se nos formos confrontando com as palavras, perceber o seu verdadeiro sentido e relativizar tudo, acaba aquela tempo que levamos a adormecer onde muitos de nós pensamos 'será que ele/a disse mesmo isto de mim'?