quinta-feira, 3 de abril de 2014

quero-te ver a mexer!

Durante anos e anos, fui uma revoltada por ter que levar com Educação Física. Divertia-me no step, na trave olímpica e pouco mais. Nunca gostei de andar aos pontapés numa bola nem a dar com raquetes em penas. 
Depois vim para a faculdade e deixei-me disso. Mas comecei a sentir falta. Bom, na verdade, não foi bem sentir falta. Foi mesmo aquele momento em que se olha para as pernas e se repara numa flacidez que antes não estava ali. Apareceu, quase que do nada.
E. é nestas alturas que uma pessoa é obrigada a esquecer as suas convicções de uma vida e se obriga a mexer. É assim, meus amigos, valores mais altos se levantaram. 
De hoje em diante, nunca mais direi que as crianças não se devem mexer. Acho que, principalmente no secundário, deve ser proporcionado uma espécie de atividade física que seja do agrado dos alunos. Se já aprenderam todos os skills motores (se não aprenderam, também não vai ser naqueles em três anos que estão mais preocupados com Eça e Saramago que o vão fazer) qual é a necessidade de estar a impingir volei quando se é muito mais feliz a zumbar?!