quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Contingentes no ensino superior

Por esta altura, já pessoas das ilhas, como carinhosamente as chamamos, se preparam para regressar ao continente, estando pouco tempo em casa, mas o preço das viagens assim o obriga.
Acho que deviam existir mais facilidades ao nível da mobilidade, arranjar uma tarifa especial para estudantes, assim com largos descontos, qualquer coisa do estilo, para que pudessem ir mais vezes a casa, para que não passassem o Natal longe das casas por obrigação, para que não se sentissem tão desamparados.
Mas não, porque sai mais barato, há a questão dos contingentes. Não acho justo. E conheço pessoas dos Açores e da Madeira de quem gosto muito. Acredito que para eles seja ainda mais difícil, que implica ainda mais mudanças mas, se os algarvios não recebem essa benesse se concorrem para Trás-os-Montes, também não me parece justo que os outros recebam. 
E depois vem a questão das injustiças, dos que acabam por não ser colocados por uma décima, dos que dão ali por terminado um sonho.  E isso ainda custa mais. Uma conhecida minha, de medicina, contou-me que tem um colega que não concorreu para a Madeira porque não tinha média, mas conseguiu entrar para Lisboa por causa do contingente. E agora?! O que fazer com estes casos?!
Eu sei que as pessoas beneficiadas acabam por não gostar de ouvir estas coisas, eu sei que durante o período de praxe, quando se perguntam as médias já se podem sentir mal com a situação e começar aí uma má relação com a vida académica, eu sei. Mas não seria mais sensato tentar procurar outras soluções e tornar que este método de entrada para o ensino superior fosse um bocadinho menos injusto?!