terça-feira, 15 de outubro de 2013

Primos

Ontem começámos a falar das prendas de Natal e das coisas que compramos porque parece bem. Dentre dessa categoria estão, claro está, os primos. Não gosto dos meus primos, assim em geral, vejo-os de quando em vez e se os visse ao fundo da rua era capaz de inverter caminho, só para não levar com uma dose de 'estás tão bonita, há tanto tempo que não te via, gostei muito de te ver' ('sua grande cabra, eu sei o que andas a fazer que vejo no facebook, não gosto de ti nem um bocadinho). Acho que são daquelas pessoas que, mais tarde ou mais cedo, vão sair naturalmente da minha vida, mal tenho que lhes deixar de dar bombons no Natal.
Acho que não devemos gostar das pessoas só porque são da nossa família. Aliás, a nossa família somos nós que a fazemos, e um amigo vale mais que cinco primos dos primos. Já o tinha dito a algumas pessoas, mas se tivesse que escolher entre dar um rim a um amigo ou a um primo, não pensava duas vezes e estava-me a lixar para que tivesse uma tia a rogar-me pragas para o resto da minha vida. Claro que lhe desejaria toda a sorte do mundo, que males de saúde não se querem para ninguém, mas era incapaz de deixar mal uma pessoa que eu gosto só porque parece bem ou só para passar a ser a coisa maiiiii linda da família.
Na verdade, nunca tive feitio para isso. Confesso-vos que acho que os meus primos também não me suportam, nem um bocadinho, que por eles já estava com vinte e nove borbulhas na testa, com mais cento e quinze quilos em cima, a falar como um miúdo de primeiro ano, a dar cinquenta e dois erros numa frase e toda maltrapilha, qual sem abrigo. Isto tudo porquê? Porque não sou um amor de pessoa porque parece bem. Claro que não sou mal educada, mas daí a trocar mensagens com eles a perguntar se estão bem com a vida, vai um grande, graaaaaande caminho.
Uma alegria, primuxoooosssss fofuxooooos!!