terça-feira, 15 de outubro de 2013

O que esperar dos professores universitários

Hoje deixo-vos a opinião de outros, com mais tempo dou a minha.

A esta altura, os caloiros já se aperceberam de algumas diferenças entre os novos professores e aqueles a que estava habituados no secundário. Mas podem ainda não ter percebido todas. Saiba o que pode esperar, ou não, dos seus professores universitários.

Não serão complacentes com as suas falhas

Se quer ser tratado como um adulto, porte-se como tal. Justificar a não entrega de um trabalho no dia marcado, com frases do tipo "esqueci-me de o trazer!" ou "a minha mãe teve de ir para as urgências ontem à noite" é o mesmo que chamar idiota ao professor. Primeiro, as probabilidades de fazer um trabalho e esquecer-se de o levar no dia da apresentação, são tão remotas como cruzar-se com o Ryan Gosling ou a Angelina Jolie. Segundo, os trabalhos bem feitos não se fazem na véspera, por isso a desculpa da sua mãe não serve.

Não lhe dirão nada sobre os atrasos



Mas esses minutos podem sair-lhe caros na nota final. Não espere que um professor universitário interrompa a aula para lhe dar um raspanete pelo seu atraso de 15 minutos. A maioria vai fazer de conta que nem o viu entrar, mas no final do período isso vai refletir-se na nota. A pontualidade é tão importante como a assiduidade, e além disso, interromper uma aula é falta de respeito pelos colegas e pelo professor. E não se surpreenda que alguns docentes tenham como regra não deixar entrar quem chega atrasado.

Não o tratarão como um filho



O nível de exigência na universidade duplica ou triplica em relação ao secundário e os professores não o tratam como uma criança. Não vão "fazer desenhos" para que compreenda a matéria. O ideal é vê-la na véspera para evitar sair da aula como entrou, completamente a zero! Se já tiver olhado para a matéria, perceberá muito melhor as explicações do professor e até conseguirá colocar perguntas que o ajudarão a esclarecer as principais dúvidas, e despertar o interesse do professor - em algumas turmas, os alunos interessados são tão raros, que os professores ficam em êxtase quando encontram um.

Não respondem a dúvidas por falta de estudo



Não imagina como é fácil para um professor perceber quem estuda ou não a matéria. As aulas de dúvidas pressupõem que os alunos levem questões sobre o que estudaram, e que não vão à espera que o professor faça uma espécie de resumo do que vai sair no teste. Se ainda apanhou essa modalidade no secundário, vem mal habituado.

Não lhe facilitam a vida



Não fique à espera que toda a matéria dos testes e dos exames seja dada nas aulas. Grande parte será apenas aflorada, e outra nem isso. No entanto, tudo o que o professor disser que é para estudar, é bom que estude, para não ter surpresas desagradáveis. O segredo é preparar-se com antecedência para poder aproveitar ao máximo as aulas de dúvidas, sobretudo para aquilo que é completamente novo e, em alguns casos, ainda incompreensível para si.

Não lhe perdoam sinais de imaturidade



Se um professor vir em si talento e o convidar para participar num trabalho de investigação que tem em curso, espera que você tenha vontade de se atirar para os braços dele como sinal de agradecimento - apesar de ser melhor não o fazer, como é óbvio! Mas se em vez disso, você lhe diz que não tem tempo, vai ficar mal visto - é suposto que nesta fase da vida já faça uma razoável gestão de tempo e tenha a noção de que é mais importante para o seu futuro participar num trabalho de investigação, do que passar as tardes no bar da faculdade. Se no final do semestre quer um 13, é melhor que estude para o 20, pois o professor vai fazê-lo suar, e muito, para conseguir o que quer. O objetivo dele é fazê-lo perceber que cometeu um erro, e que deve aprender com ele.


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