O ano passado, caloira que era, achava que quando chegávamos á praxe, estávamos ali todos para o mesmo, para sermos integrados e para nos sentirmos o melhor possível na nossa nova família. Um ano volvido, e já na condição de quem praxa, apercebi-me que, talvez, não seja bem assim.
Há casos onde a praxe não resulta, onde os praxantes estão lá só mostrar a sua superioridade e para humilhar. Acredito que sejam poucos, ou pelo menos assim o espero.
Mas nestas alturas, é muito mais fácil apontar o dedo a quem manda encher, do que a quem enche. A verdade é que não se pode integrar quem não quer ser integrado. E, por mais estranho que pareça, há sempre este ou aquele coitadinho que gosta de assumir o papel de anti-social, de isto está a ser tão difícil e tenham lá tanta pena de mim. Sim, é uma altura difícil e quem não passa por ela não sabe o que custa o descolar da casa em que sempre se viveu. Mas se alguém pergunta 'olha, queres juntar-te a nós no almoço?', para quê dizer não?! Se alguém pergunta 'logo vamos ali ao jardim, queres vir?', para quê ficar agarrado ao facebook?
Quem praxa, não está ali para se rir de vocês (caloiros). Quem praxa está ali porque sabe o que tudo isto custo, e quer que esta época seja o mais pacífico e divertido para quem entra no mundo académico. Se assim não fosse, não teriam abdicado das férias de Verão a fazer cancioneiros e a inventar músicas.
