segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Declarar ou não declarar?

Ontem um amigo meu falava-me da dificuldade em saber se se há-de, ou não, declarar. Eu bem que lhe queria ter dado uma resposta útil, algo que fosse igual para todos os casos mas, a verdade, é que isso é assim a atirar para o impossível.
Lembro-me da primeira vez que me enviaram uma carta no dia dos namorados. Na altura, nem sequer me dignei a lê-la, foi para o lixo, sem dó nem piedade porque o dito que a enviou (já não me lembro quem era) não me interessava. Desde aí que não me lembro de ter feito algo tão radical porque, comigo, as coisas ou são mesmo óbvias, ou então, não as percebo. Sou demasiado distraída, não percebo indirectas (e isto é tão triste!!), demoro tempo a relacionar pistas e sempre achei a coisa mais natural do mundo ter amigos rapazes. Por isso, pensar em segundas intenções (este termo é tão mau) é assim qualquer coisa que não em toca.
Mas isto não quer dizer que sejamos todas lentas. E é aqui que a coisa se torna complicada. É que se forem demasiado óbvios, correm o risco de cair no ridículo e de serem evitados a tudo o custo. E meter isto na cabeça de um amigo?? Missão impossível, é o que é.
Ou seja, o que eu acho que é mesmo o melhor para se averiguar se se pode, ou não, declarar, é sondar de forma subtil. E como fazer isto? Pois bem, há sempre um amigo em comum, ou um amigo de um amigo que se encontra nesta ou naquela festa. Há sempre uma conversa de café, onde entre conversas sobre o tempo ou como está a correr a vidinha na universidade se pode sacar qualquer coisa. Eu sei que isto dá trabalho e podem não saber como é que se faz, mas credo, uma pessoa também não consegue explicar tudo (ahaha). Se não conseguirem nada disto, bem, aí é melhor confiarem na sorte e pensarem que já não há nada a perder (ou então enfiem-se num laboratório e só saiam de lá quando descobrirem uma forma de estar um dia na cabeça do sexo oposto).