segunda-feira, 3 de junho de 2013

greve, professores e exames

Aqui há uns tempos a Moche enviou-me, nas notícias que (felizmente) costuma enviar, algo a dizer que os professores iam fazer grave na altura dos exames nacionais. Na altura não liguei muito, achei que entretanto passava. Mas não. A verdade é que estamos a umas três semanas dos exames e essa ideia persiste.
Eu percebo que seja um bom dia para os professores fazerem greve, é naquele onde as consequências vão ser maiores, é aquele dia onde o estado pode ceder com mais facilidade.
E os alunos? Ninguém pensa nos alunos que vão ter que fazer exames, que vão ser a sua vida atrasada por causa disto. Passei por esta fase há um ano e é uma altura muito complicada. Os exames, a espera cansativa pelas notas, a decisão de candidatura e etc e tal e, sinceramente, ver que este martírio se pode prolongar, é gravem muito grave. Talvez nisto não compreendo os professores porque, apesar de tudo aquilo que eles sofrem - e nestas coisas o programa de mobilidade é o menos, que quando se vai para professor tanto podem calhar em Faro com em Braga - um bom professor tem, inevitavelmente, uma preocupação genuína com os seus alunos, sabe a importância do concurso ao ensino superior e sabe, por mais que isto não caia bem, que fazer greve num dia de exame tem a sua dose de inconsciência e irresponsabilidade.
(acima de tudo, a par de me sentir muito aluna de secundário, continua a ser aluna, sofra por um exame nacional ou por uma frequência)