Já devo ter dado uma pequena ideia do que achava disto, mas como sou uma pessoa que gosta de ajudar quem me procura, cá vai uma opinião mais detalhada que não se centra só na minha área, mas também nas outras que embora não conheça tão bem, tenho testemunhos reais que por lá coabitam. Ora então, comecemos:
Ciências: Ciências é lixado, basicamente. É óbvio que é perfeitamente acessível, mas preparem-se, que dá muito trabalhinho, mais que as outras. Isto porque há Matemática e Físico-Química. Não há um ano mais difícil em Matemática, assim coisas que ajudam para aí as Probabilidades de 12º (my best friends! - mas quem embirra com elas, ui!) e a Estatística (que se dá no final do 10º e no meu caso só se deu por alto). Em FQ lembro-me da minha professora (uma querida, um amor, mas implacável) dizer que quem não conseguisse tirar positiva no primeiro teste que não era muito bom sinal. E isto porquê? Porque a primeira parte é mesmo mesmo a mais fácil. Depois também há Biologia e Geologia, que seja a que talvez dependa mais da professora que se tem. Mas com estudo, normalito.
Humanidades: É para estudar, mas é capaz de ser a mais fácil (agora vou ter os de Humanidades a dizer: cabra, andas para aí a dizer mal de humanidades? eu queria-te ver a saber a história da segunda metade do século XX e o estado da agricultura em Portugal). Não, isto não quer dizer que seja uma área com menos mérito ou que só vá para lá quem se queira safar das outras, nada disso. Conheço gente para lá do esperto, culto e inteligente que foi para Humanidades por paixão.
Economia: Tem o problemita maior centrado na Matemática mas tudo o resto é acessível (a disciplina de Economia, inclusive).
Artes: eu andei enganada até este ano porque pensava que só ia para Artes quem tinha telento, mas não, há quem vá para Artes porque acha que vai fazer pouco. Esses talvez façam, mas tenho amigos meus em artes que fazem coisas quase tão boas como um Monet ou um Picaso ahah Por acaso não vou muito com o cubismo, mas vá, um dia pode ser que cheguem a um Salvador Dalí. De qualquer das formas, só é bom para quem tem talento. Pessoas como eu que quando tinham Educação Visual não sabiam como desenhar a sombra de uma maçã, esqueçam a ideia.
Ah, também há Desporto, não é?! Mas não é tão recorrente encontrar numa escola. Pais deste país que me estão a ouvir, se o vosso filho chegar a casa e disser que quer desporto, deixem-no uma semana a comer arroz com atum para ver se ele tira a ideia da cabeça e digam-lhes que o Mourinho é uma excepção, uma excepção! Perceberam?
Depois há sempre aquelas disciplinas em comum como é o caso das que vou apresentar:
Português - o melhor dos três anos é Os Maias, mas Português é lindo e tem mais que ser obrigatório porque é a nossa língua e faz falta em tudo.
Língua Estrangeira - Espanhol foi a melhor disciplina que tive na minha vida, também graças ao professor, à turma... mas foi a melhor escolha da minha vida e não me arrependo nem por um momento.
Filosofia - liindo, liiiindo, liiiiiiiiindo. Amei Filosofia, tive depois Psicologia, mas nada se compara ao meu Descartes (vá, talvez o Freud). De qualquer das formas, e ao contrário de 97%, prefiro Filosofia.
Educação Física - pff, esse trambolho. Agora é que a vão tirar da media, não é?! Seus trastes. Mas deixem que eu já ando a preparar a minha tese para defender Educação Física no secundário. Me aguardem...
Bom, depois desta exaustiva explicação, espero ter ajudado os meus ilustres leitores que andam atormentados com isto. Sim, porque apesar das matrículas já estarem feitas, há muita gente que muda ao fim do primeiro período (calma aí, que isto não é um incentivo). Mas não vos escondo factos e há pessoas que mudam de Ciências para Humanidades ou Economia.
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