Nesta altura do campeonato anda tudo com grande expectativa do que lhe vai acontecer na vidinha. Quer tudo saber para que curso entra, para que sítio, com quem há-de dividir casa. Essas coisas.
Até aí, tudo muito bem, que uma pessoa não gosta de estar nestas dúvidas todas. O que causa espécie são as expectativas demasiado elevadas. Há gente que desde o dia em que fez a candidatura que anda em contagem decrescente, que diz no facebook quantos dias faltam, que diz que não consegue dormir, que diz que já arranjou casa, que diz que já tem planos para quando mudar a trouxa para uma vida nova.
Oh, paciência! Depois há pessoas tipo eu (há mais duas ou três neste mundo) que conseguem dormir sem que este assunto lhe tire o sono, que não andam a fazer risquinhas na parede e que têm mais que fazer do que estar nesses nervos, que isso ainda me causava queda de cabelo.
Ora eu não sou pessoa de ter graneds expectativas em relação às coisas, não gosto de pensar muito no meu futuro antes de ele acontecer. Sei lá o que vai passar daqui a cinco minutos. Claro que tenho medo de como a minha vida se vai transformar, claro que gostava de ser daquelas pessoas com uma média de 20 que se candidatam a um curso com uma média a rondar os 10. Mas não sou. Por isso, vou sofrer até ao último minuto, mas sem grandes alarmismo.
Já na altura dos exames se passou o mesmo. Andei sempre calma (ao contrário de certas parvas que metia no facebook "está quase aí o dia que vai decidir o nosso dia"). Só me comecei a atormentar no fim-de-semana antes, mas depois lá me entretia com alguma coisa e isso passava. Na Segunda de manhã é que já estava realmente nervosa. Fui ter com uma amiga, enfiei o telemóvel para dentro da mala, para não ter vinte e sete pessoas a chatearem-me o juízo às nove da manhã e fomos para a escola. O caminho foi feito quase à beira de ataque de nervos, mas depois ainda me disseram que as notas de Português só saiam à tarde (mas o que me interessava mesmo era Matemática, mas estou destinada a sofrer até à última... pobre eu, pobre eu!).
Agora ando calma, acho que faltam duas (três?) semanas, mas não quero pensar muito nisso. Se andar ocupada com outras coisas até nem me lembro (excepto quando me perguntam "como é que não estás nervosa?"). Não me interessa muito se acham que eu não dou a devia importância às coisas, porque dou. À minha maneira, sem exteriorizar muito isso, mas dou.
Também não tenho assim grandes preferências para o que é que queria entrar, claro que a posição das opções foi devidamente pensada, mas quero acreditar que o que sair, será o melhor. Independentemente do que eu possa achar (estou mesmo zen hoje, juro que não andei aí com substâncias ilícitas).
E depois vai vir a saga de mensagens de pessoas que não me suportam, mas que querem saber da minha vidinha. Parvos. O que eu queria mesmo era que a dges não deixasse toda a gente ver as nossas opções (se houver forma de fazer isso, por favor, contactem-me) mas é só mesmo para os atormentar, que essas coisas mais tarde ou mais cedo sabem-se. Mas no que toca a essas pessoas, não tenho problemas em ser mázinha.
E depois, o que virá?! Bom, nisso não quero pensar. Tenho medo de ter desgostos (acho que ando meio calejada, no que toca a ficar mal, mas nunca se sabe), mas desgostos daqueles que só se têm porque imaginámos uma coisa muito diferente. E também não sou pessoa de me entusiasmar com mudanças, elas acontecem, na maioria das vezes são boas para mim (ainda que me façam sofrer muito) mas nada de pensar nelas com muita exactidão.
Enfim, gosto desta minha inconsciência.
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