sexta-feira, 22 de março de 2013

medo de gostar

Não só de gostar das pessoas num mês, nem em três, quanto mais. É um processo que demora tempo. Simpatizo, não morro de amores, nem gosto assim como quem se decide que gosta de Kinder. E depois, quando começa o processo de gostar, começo na fase gosto num dia, não gosto noutro. Porque esta corresponde à altura onde se conhece melhor as pessoas, onde nem todos os pontos nos agradam. Claro que a partir de uma certa altura, até achamos graça quando algum amigo nosso nos convida para ir ao circo, apesar de saber que nós odiamos aquilo.
E isto porquê?! Porque sou esquesitinha, picuinhas, irritantezinha. Não sou de dar muitas confianças nos primeiros tempos e, se não me conhecesse, odiava-me. Porque tenho muitas manias, eu sei, mas são manias boas, coisas que adoro em mim, mas é preciso que sejam percebidas, para não serem mal interpretadas. Por isso é que os meus melhores amigos têm toda a confiança do mundo comigo, toda mesmo. Para contar as coisas mais absurdas, para ir aos sítios mais estranhos, para engendrar os planos que ninguém apoia.
Acreditem, passada esta fase, eu consigo ser a melhor pessoa do mundo. Sim, é certo que vão levar com os meus manifestos anti touradas, anti discriminação sexuais, anti racismos, anti machismo, e com todos as mil coisas em que eu acredito e defendo (não consigo ter posturas passivas em relação, temos pena... por acaso, não temos pena nenhuma, que se há coisa que não me agrada são pessoas que andam aqui para ver andar os outros), mas quando me conseguem conquistar, vai ser difícil, mesmo difícil, de não terem alguém que ature os melodramas às cinco da manhã.
Se algum dia vou mudar? Espero que não. Uma das pessoas que, até à data, consegue manter-se com a melhor relação do mundo a consegui-lo, demorou um ano. Sim, um ano. E não foi um ano de olá e adeus, foi um ano a tentar construir alguma coisa. Até porque, se há coisa em que acredito é que tipo o tipo de relações (e não, não são só as amorosas) que se construem num ápice, desfazem-se assim à velocidade da luz.
Portante, aos que desistiram da minha pessoa, nem imaginam o que perderam. (ahah, brincadeirinha)