Há coisas que podíamos ver e guardar para nós. Aliás, o que é que muda no mundo dizer que a X não sabe conjugar padrões ou que a Y está mais gorda?
Mas é impossível não fazer isto. Não sair de uma festa e continuar a festa, num carro qualquer, a cortar na casaca de toda a gente, com aquela certeza "as outras estão a dizer mal de nós, por isso nós também vamos dizer mal delas".
Sem darmos bem por isso, estamos a recriar as cenas mais clássicas de filmes, que durante anos e anos nos mostraram como é a curiosidade feminina na sua forma mais pura e dura.
E eles. Eles não percebem. Óbvio! Um exemplo disto: um jantar, quatro amigos, três meninas e um menino. Ele tem uma novidade que partilha a meio do jantar, porque calhou em conversa, sem nunca lhe ter passado pela cabeça ligar na hora para um outro qualquer amigo para contar a abençoada novidade. Estão a imaginar a cena de filme? Ele sossegado a deliciar-se com a sua lasanha (ou outra coisa qualquer), quando começa no 'pois, até aconteceu isso à Z, já que falam nisso' e nós já com as facas em punho, quase em cima dele, tão chocadas com as novidades quanto incrédulas com o facto de 'como é que só agora é que nos contas isto?'.
Ok, somos mesmo diferentes. Ok, não é defeito, é feitio.