segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Entrei em 5ª opção. Ups! Não sei o que é o curso

Se há dois anos me viessem com esta conversa, diria que eram só falsos moralismos. Estava de férias, queria aproveitar bem esses dias e falarem-me em planos de estudos era-me totalmente descabido. 
Enfim, os anos passam, uma pessoa ganha juízo e, dois anos volvidos, a ver pessoas a entrarem no curso errado ou naquela opção 'é óbvio que não entro, foi só mesmo para preencher', faz-me ver as coisas de forma ligeiramente diferente.
Aquilo que toda a gente deveria ser obrigada a fazer, era a levar uma espécie de aula interativa em cada opção que colocava, estilo 'agora vou pôr na sexta opção Medicina, vamos lá ver um vídeo a dissecar um fígado, enquanto seleciono alguma coisa, não vá ter o computador na sala e ir só ali à cozinha ver o que o Goucha está a dizer'. Como não acontece, tenham atenção aos seguintes aspetos:
Todos os cursos têm um plano de estudos. Escrevam no google o nome do curso e a escola, há-de lá estar algo com as disciplinas, os créditos, as horas e etc e tal. Melhor que isso, só mesmo falar com alguém que esteja no vosso (futuro) curso (há grupos de caloiros, no facebook, para isso).
Não se fiem na história de que ninguém entra nas últimas opções. Mentira. Entram. Muitos percebem que foi a graças a essa infortúnio do destino que descobriram a sua vocação, outros ficam-se pela frustração. Nada como prevenir.
Mais importante do que um curso que é bem visto, é um curso que nós gostamos. Ou não ter um curso. Ninguém é mais feliz só porque a vizinha diz que se orgulha de nós por sermos advogados ou cirurgiões. Se são mais felizes como carteiros, jardineiros ou agricultores, apostem nisso. Mais tarde ou mais cedo os rótulos de 'doutores' acabam por cair e ir para um curso só por ir, aquele que era a nossa sexta opção e que tem um nome parecido com estudos de qualquer coisa, não serve para (quase) nada.

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