domingo, 23 de fevereiro de 2014

Somos Todos Iguais

Ontem, numa conversa de café, uma amiga minha dizia-me que conhecia casos de pais que desvalorizavam os cursos dos filhos porque o outro irmão tinha ido para Medicina.
É dito por aí que, quando se trabalha em equipas multidisciplinares, os médicos acham que são mais que os outros. Não sei se isso é verdade. Tenho amigos/conhecidos meus em Medicina e nunca senti que eles se achassem superiores (para o meu lado também não se dariam bem, mas isso agora não interessa nada).
A verdade é que os médicos não são mais que ninguém. Ah e tal, salvam vidas, mas não é essa a sua função. Ah e tal, os agricultores plantam batatas mas, se não houvesse batatas e, consequentemente, vidas, para que é que era importante salvar vidas?! Acho que se todos percebermos que cada um tem a sua função, sem ser mais ou menos que ninguém, tudo isto corre bem.
E quando somos alunos?! São melhores os que passam dez anos a estudar, ao contrário daqueles que passam só três, quatro ou cinco?! Não.
E há assim tantas coisas diferentes?! Claro que não. Amigos, em todos os cursos há os que se matam a estudar e têm notões, os que abdicam de tudo na vida em prol da média, os que vão estudando e que se vão safando, os que não estudam nada mas safam-se sempre, os que nem estudam nem se safam. Há os que têm uma brilhante média mas resumem-se a isso porque, (in)felizmente, ainda não há um curso com média de entrada que incuta bons valores e princípios.
Há os bons em todas as áreas, pela média, pelos projetos, pela criatividade ou, simplesmente, por aquilo que são. E quem é que quer saber de uma vida saudável e sem borbulhas se não tiver alguém que se lembre de organizar uma festa?!