Enquanto alguns dos seus amigos - que frequentam cursos que não têm exames nesta época do ano -, documentam as noitadas no Facebook e fazem comentários ao filme O Lobo de Wall Street, você está enterrado nos livros praticamente desde que o Pai Natal voltou para a Lapónia. Estudar para os exames nunca será uma tarefa divertida, mas um artigo do "The Independent" recorda-lhe que não deixa de ser uma boa desculpa para cultivar alguns hábitos que não lhe ficam bem ao longo do resto do ano, mas que são desculpáveis agora.
Passar o dia de pijama
Se a opção é estudar em casa, não terá de ouvir a sua mãe reclamar por passar o dia de pijama. Pode argumentar que se sente mais confortável assim (evitando desconcentrar-se porque as calças apertam na cintura ou os pés estão gelados). Além disso, se não tiver um pouco de mau aspeto ninguém vai acreditar que está de dedicar-se a 100% ao estudo. O cabelo desalinhado e barba por fazer são o look típico nesta altura.
Ter a casa sempre arrumada
Se alguém o visitar por estes dias ficará surpreendido com a arrumação que reina em sua casa. Quem diria que alguém que está a viver longe de casa dos pais há meia dúzia de meses já sabe cuidar tão bem da casa?... A verdade é que limpar e arrumar a casa é uma seca, mas estudar pode ser ainda mais. Nesta fase do ano letivo, todas as desculpas são válidas, até as mais improváveis.
Voltar aos horários normais
Devia ser proibido acordar enquanto faz escuro lá fora, mas é a única hipótese de garantir um lugar na biblioteca. Vai achar interessante apreciar por uns dias o frenesim da cidade nas horas de ponta - as enchentes nos transportes públicos aumentam as probabilidades de ver caras bonitas, de se divertir com situações caricatas e chegar à faculdade sempre com uma história nova para contar. E quando voltar para casa às sete da tarde percebe que o dia lhe rendeu imenso - como não dá para conversar na biblioteca, as horas que lá passar são de estudo efetivo - e poderá deitar-se mais cedo que o habitual. E com sorte, ainda vê um bocado de televisão sem sentir remorsos.
Poupar dinheiro para as férias
É impensável sair à noite quando sabe que ainda lhe falta estudar 300 páginas para o exame de Direito Romano. As vantagens desse retiro forçado de duas ou três semanas é que vai poupar o dinheiro das bebidas, dos bilhetes de autocarro e dos táxis para as férias de verão.
Comer mais
Se perder peso foi uma das suas resoluções de ano novo, está a começar mal. Não é expectável que faça mais exercício físico nesta fase, nem que o seu corpo se contente em almoçar uma salada quando tem uma pilha de livros para ler. Com a desculpa de que 'o cérebro precisa de se alimentar mais' é quase certo que o seu caixote do lixo tem mais provas de junk food do que qualquer restaurante de hamburgers.
Pedir um presente no final dos exames
Se o Pai Natal não o premiou com o tablet que lhe pediu, é altura de voltar ao assunto com os seus pais. O argumento de que é uma ótima prenda para compensar o seu esforço.
Lanchar todos os dias
Enquanto estuda é importante fazer pequenas pausas e abastecer o corpo para dar o seu máximo durante mais duas ou três horas. Em casa ou na biblioteca, há uma boa desculpa para arejar a cabeça enquanto se delicia com um leite com chocolate e um pastel de nata ou um rissol - várias vezes ao dia...
Abusar das pizzas
Depois de tantas horas de estudo, não é fácil arranjar coragem de se meter na cozinha para preparar um prato saudável. Encomendar uma pizza para saborear com os companheiro, enquanto veem mais um episódio de Breaking Bad é uma solução aceitável
Mostrar o material que comprou
Todos aqueles marcadores, post its e clips coloridos que comprou no início do ano estão finalmente a ser usados. Sublinhar e marcar as páginas dá-lhe uma sensação de que está a estudar a sério, mesmo quando a sua cabeça está na lua e esses gestos são feitos em 'piloto automático'. E vai deixar os seus companheiros de casa roídos de inveja com tanta organização.
Fazer uma nova playlist
Desengane-se quem pensa que este não é o momento de pensar em música. Como é que se abafam as vozes dos vizinhos reformados que discutem o dia todo, e os saltos das crianças do piso de cima ao final da tarde? É claro que tem de fazer uma playlist que o acompanhe nestas longas horas de estudo para garantir que o cérebro não se desconcentra com aquilo que não interessa.