Lembro-me de quando isto tudo aconteceu andar meio isolada do mundo. Era final de semestre, a minha vida estava a mil e soube de tudo porque uma amiga minha me contou. Lembro-me que na altura a vi tão transtornada que fiquei de coração apertado.
Entretanto, passado um mês, voltou a discussão (ou então eu apecebi-me mais dela agora).
Inevitavelmente, começou a falar-se da praxe. Pois bem, desde cedo que achei esta associação à praxe ridícula. Já aqui falei do que achava da praxe e de tudo o que ela envolve e se foi só uma reunião entre uma comissão de praxe porque é que vamos já cair todos em cima da praxe? Praxe é integração. Ponto assente. Se há pessoas que fogem a isto, que acham que praxa é mostrar superioridade ou humilhação, então não sabem qual é o verdadeiro valor da praxe. Depois falou-se de uma praxe levada ao limite. E continuo a achar que isso não é praxe, porque testar os limites, principalmente quando se joga com algo tão sério como os limites da vida, não deve ser visto como praxe. Pelo menos, para mim, não é.
Sinceramente, acho que não temos propriamente o direito de fazer juízos de valor sobre este assunto. Claro que vai ser sempre comentado aqui, em conversas de café, em mensagens facebookianas e etc e tal. E não é isso que tenho visto. Há muitos juízos de valor em relação ao dux e ao comportamento do mesmo. Sei que os pais das pessoas que morreram terão mil questões dentro de si, uma das quais 'porque é que ele sobreviveu e o meu filho não?', mas também não me consigo imaginar a perder sete amigos, levados pelo uma onda e aparecer em frente a pessoas com um sofrimento igual para falar do que quer que fosse.
Ainda vai correr muita tinta sobre isto, como seria de esperar, e cá estaremos para pensar no que se for passando.
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