O ano passado, quando conheci muita gente, disse aqui que não era pessoa de arranjar amigos em três dias. Continuo a não ser, continuo igualita. Mas, se há uns tempos atrás poderia dizer que não conhecia ninguém que valesse a pena, talvez agora já possa. Conheci e descobri pessoas mesmo queridas, pessoas que me dizem muito e que me fazem um bocadinho mais feliz por passar algum tempo com elas.
Mas sou toda coisinha com estas coisas. Demoro tempo a reconhecer que gosto das pessoas, que tenho, efetivamente, um novo amigo e que até há gente que vale a pena.
Acho que todas estas auto defesas servem para não me desiludir muito com os outros. Às vezes espera-se tanto e tem-se tão pouco, que chego a crer que o melhor é não esperar nada, que aquilo que vier é bom.
Nos últimos anos aprendi que os nossos amigos não são perfeitos. Só que são pessoas que nos dizem tanto, que aprendemos a lidar com os defeitos deles da melhor forma. Compatibilizamos feitios e a coisa resulta.
Juro que gostava de dizer que na faculdade se fazem amigos para a vida. Talvez já os tenha feito e não saiba mas, por enquanto, é algo que ainda não posso garantir.