Às tantas percebes que, vejas ou não alguém conhecido, tens a necessidade de estar sempre bem. Às tantas dás-te conta que já não consegues ir só ali à caixa multibanco carregar o telemóvel sem disfarçar essa borbulha no centro da testa. Às tantas percebes que consegues ser feliz sem pessoas que já te fizeram muito feliz. Às tantas dás-te conta de como uma relação se degradou e percebes que não dependeu de ti e que não podia ter sido de outra maneira. Às tantas constatas que uns foram, outros ficaram e que não é clichê, os que importam são mesmo os que ficaram.
Depois apercebes-te de que há um amor, puro e incondicional, que sentes por ti, como não sentes por ninguém. Um amor que não depende de quantos quilos perdeste no último mês, nem da nota que tiveste na tal frequência, um amor que só depende daquilo que te tornaste, da pessoa que és, dos princípios que tens. É nessa altura que, mais do que nunca, percebes a importância de te valorizar, de notares que há por aí tantas preocupações que, afinal, não têm razão de ser, tantas mensagens que foram lidas e relidas e que, agora, podes apagar tudo, que não te vão trazer mais sorrisos ou mais lágrimas.
Talvez as nossas vidas sejam precisamente isto.
que sejamos muito felizes a partir deste Maio!
