sábado, 27 de outubro de 2012

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Dei por mim com vontade de escrever e, simultâneamente, a pensar o que é que muda quando se vai para a universidade.
A nível de ensino, muda a quantidade de coisas para fazer - muitos trabalhos de grupo, tudo na mesma altura - a concentração exagerada de coisas numa só época (eu quero tempo para comer tronco de Natal, quero quero, queroo), o facto de já não termos aqueles professores preocupadas, que percebiam que todos dias maus e que podemos falhar, e muda aquela história do "oh professor, dê lá uma pista para o teste, vá, só uma ajudinha".
Quanto aos amigos, acho que todos temos que fazer um esforço para não mudar nada. Quer dizer, quem conhece pessoas decentes quando tudo mudo, é capaz de ser mais difícil, agora quando só conhecemos gente desenxabida, faz-se mesmo um esforço para manter as relações divertidas com os miguxos de sempre (que não são de sempre, mas ficava mais bonito assim). Por isso é que é preciso enviar mensagens, ir ao facebook, dizermos que estamos vivos, marcar jantarinhos e etc e tal. Claro que há sempre aquelas pessoas que vão para a uni e têm a mania que são finas, que se isolam de todo o mundo e ue acham que acabaram de conhecer as melhores pessoas da vida delas. Daqui a uns meses falamos, sim?
O que também, inevitavelmente, são as rotinas. Não tanto para quem continua na casa de sempre, mas mais para quem muda. E é giro vermos que estamos por nossa conta (credo, isto dito assim tem outra responsabilidade), que somos nós que tratamos do nosso jantar, que limpamos a casa, que organizam o dinheiro porque o pão tem de ser comprado. Ainda não sei se gosto disto, porque às vezes sinto que sofro do síndrome do Peter Pan. Como já vos disse, aqui, sente-se falta de chegar a casa e ter tudo feito, ter companhia... e começo, também, a sentir falta dos meus tempos de básico, em que só estudava duas horas na véspera dos testes e tinha altas notas. Opah, que saudades!!
Enfim, possivelmente daqui a uns meses vou conseguir dizer o que mudou mais, mas agora é isto que me ocorre e, sinceramente, não gosto nem tenho paciência para muitas mais mudanças.

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