Hoje de manhã, ao ver o DN, fiquei surpreendida com esta notícia. Primeiro, apeteceu-me bater no Nuno Crato e dizer-lhe que estava a ser injusto, porque acho que muito boa gente tem dificuldades e chumba por isso (e muito dessa boa gente não tem dinheiro para explicações) e porque às vezes acontecem coisas na vida das pessoas que são um entrave ao seu sucesso escolar. Mas depois, lá li a notícia com mais atenção e esta medida faz sentido.
Até ao sexto ano, é possível à maioria ir passando de ano. O projecto abrange inclusive casos de reprovação, como dá para ver na imagem. Mas há muito boa gente que anda ali a brincar, que vai às aulas porque está dentro da escolaridade obrigatória. E o estado anda a investir nesse aluno e ele não dá valor a isso. Porque sai caro ao país ter gente a estudar (claro que depois trará os seus frutos, mas isso é conversa para outra altura).
Para evitar que muita gente ande a passear os livros é que são tomadas estas medidas. Porque o país não precisa só de médicos e engenheiros, o país também precisa destas pessoas com estas profissões, que são tão nobres quanto as outras, mas que não precisam de anos a fio de teórica.
Espero que saibam valorizar isto (os alunos envolvidos) porque lhe estão a dar a oportunidade de ter um futuro decente, sem ter que viverem anos a dar matérias que lhes entra a cem e sai a duzentos. Mas também espero que estes alunos do novo ensino profissional tenham as mesmas regalias que aqueles que andam no regular, porque as diferenças são muito, muito grandes.
Enfim, é bom saber que se faz alguma coisa para tornar este país mais prático e que mais vale ter bons canalizadores do que maus médicos.
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