sábado, 23 de junho de 2012

Os Amigos de Infância (que não tenho) and I'm happy

Tenho saudades de algumas coisas de quando era 'piquena. Não queria voltar a sê-lo, gosto mais de ser aquilo que sou hoje, de ter uma personalidade definida (quero acreditar que a tenho), de saber fazer as minhas escolhas e ter algum espírito crítico. Mas tenho saudades do tempo em que chegava ao Modelo e vá de enfiar no carrinho tudo o que era doces, batastas fritas e filipinos, enfardá-los tardes a fio sem me preocupar que aquilo podia significar que um par de calças deixava de servir. E tenho saudades de não ter que me preocupar com trabalhos para fazer, de chegar a casa e ir brincar com as minhas barbies e passar muito tempo a ver as cassetes da Disney.

Tudo isto são memórias, à semelhança dos meus amigos de infância. Se olhar para trás, não posso dizer que ainda guardo aquele amiguinho especial, que estava lá na primeira vez que escrevi o nome, ou no primeiro dia de quinto ano. Não o tenho, mas não sinto falta dele.
Sinto sim que, o facto de não ter esses amigos, significa que não tinha ligações com eles suficientemente fortes que pudesse resistir a mudanças da minha vida ou na deles.
Claro que isto me faz pensar que se não tenho esses amigos será que vou ter os meus amigos de agora daqui a muitos anos? Sinceramente, acho que sim. Isto porque com eles tenho uma maior ligação, porque são pessoas com as quais já passei tanta e tanta coisa, que até as posso não as ver durante três meses mas sei que elas estão lá e elas sabem que eu estou aqui.
E, mais importante, sei que são pessoas que quero guardar durante muito e muito tempo. Porque vejo-me a ser reformada ao pé deles ahaha Creeeeedo. Nisso não penso, claro, não me vejo a envelhecer (pânico... pânico, mesmo!). Mas agora a sério, são pessoas que gostava que estivessem comigo durante muito tempo e creio que se ficará só por um desejo.

E também sei que até podemos conhecer muitas pessoas, mas que isso não vai implicar nada. Ou pelo menos de uma coisa há a certeza absoluta: aquilo que vivemos, já ninguém nos tira!! ... e isso, no último dos casos, lá nos conforta um bocadinho. 

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