sábado, 2 de junho de 2012

Amizades & Adolescentes

Dizem que é nesta altura que se fazem amizades para a vida. Acredito que sim, mas talvez não se façam só aqui.
O que eu não acredito é em amizades instantâneas, amizades do género: conheci-te há duas semanas e hoje já és o meu melhor amigo, o meu confidente, o meu tudo. As grandes amizades, como provavelmente tudo nesta vidinha, constrói-se.
Não tenho O melhor amigo (considera-se rapazes e raparigas), mas tenho Aquele grupo de amigos, de pessoas que gosto realmente e que são mais que qualquer outros. Mas nem sempre foram assim, nem sempre nos demos super bem, não confiámos como agora confiamos. Fomos construindo isso tudo. E isso não quer dizer que por termos um grupo de amigos não conheçamos outras pessoas. Claro que ás vezes esse grupo me magoa. Ou porque me mente, ou porque vejo que está ali a falhar qualquer coisa, mas acho que isso acontece por gostar deles, por ter pena que às vezes mantenham uma certa distância.
Depois, há aquelas pessoas por quem se faz tudo, mesmo tudo. Se perde tempo em telefonemas todos os dias por causa dos problemas com o namorado, mas depois parecem que esquecem tudo, e as conversas são mais ausentes, ainda há aquela confiança, mas não há tanta proximidade. Já me aconteceu e, acreditem, custou-me muito. Mesmo muito. Mas já passou, continuamos a ser amigas, continuamos a confiar, mas já não há aquela regularidade de antigamente.
Ah, também há aqueles casos de pessoas que conhecemos quando não estás muito viradas para fazer amizades. Este ano, por exemplo, conheci uma série de pessoas, e houve duas delas com que tive mais proximidade, isto porque costumávamos estar a mesma hora no mesmo sítio. Acho que só uma delas é que é uma pessoa que eu gosto realmente, que tem um feitio com o qual eu me dou muito bem. Também gosto da outra mas há ali um entrave que não nos permite dar-nos melhor.

E lembrei-me desta história toda porque há dias estava a pensar em todas as pessoas que eu conheci, com as quais já me dei super bem, mas que agora simplesmente lhes digo olá, tudo bem.
Mas isto é a coisa mais natural da vida, só as pessoas mais importantes acabam por ficar, mudança após mudança. Porque quando é realmente verdadeiro fica, e disso não tenho dúvidas.
É claro que tenho pena de não ter uma excelente relação com amigos de infância, por exemplo, que até podem ter sido da minha turma dez anos, que podem ter estado muito bom tempo ao meu lado das aulas, que até podem ter estado lá em momentos de mais fragilidade. Mas se não estão aqui, agora, é porque falhou ali qualquer coisa, porque estão destinados a ser apenas os amigos que passaram comigo os momentos mais infantis. Nada mais que isso.

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