sexta-feira, 11 de novembro de 2011

conversas nos balneários das raparigas

Muita gente não percebe porque é que as raparigas ficam tanto e tanto tempo nos balneários, mesmo quando depois dizemos: "eu despachei-me mais cedo, só que depois fiquei lá".
Os rapazes são incapazes de compreender. Tomam banho, vestem-se e não há cá conversas. Ou conversam noutro sítio, no balneário não.
Mas nós, a par de termos muito mais coisas para fazer no balneário, temos muitos assuntos ligados com o universo feminino.
Ora, antes do banho, há que ter tempo para ver aquela borbulha, a pele que está seca, a depilação que ficou mal feita, e todas essas outras coisas.
Depois, temos que necessariamente falar dos novos romances da escola, das idas às compras, de certos filmes que vimos, de tantas coisas.
Ao contrário do que muita gente pensa, não se fala só nas ditas futilidades. Não. Parte das conversas podem ser isso, é verdade, mas até somos capazes de falar da crise, da política, de futebol e tantas outras coisas.
Só que passamos lá mais tempo porque o balneário quando só já tem duas ou três pessoas é um sítio agradável, onde gostamos de conversar, longe da confusão de qualquer espaço.
E são estas conversas, as de balneários, as das casas de banho, que são uma parte do nosso percurso escolar. Porque são os nossos dramas e as nossas coisinhas. São nossos, só nós percebemos, só nós entendemos isto da solidariedade feminina.
Se nos podíamos deixar disto? Não, não podíamos. Não era a mesma coisa.

Sem comentários:

Enviar um comentário