quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Amores de verão

Teorias de conversas de café, uma delas:

"Não sou de amores deverão, nem de amores à primeira vista. Acho que as atrações se ficam por isso mesmo, atrações, que dificilmente me levam a ir tomar café ou a trocar números de telefone.
Já dei por mim a reparar em pessoas que conhecia há muito tempo, porque os gostos se tornaram parecidos, porque provavelmente comecei a reparar que o amigo até era giro e fazia o meu estilo, porque vi que havia ali uma pessoa conjugada com uma atração.
Agora o ser giro só por ser. Serve para passar o tempo, para dar umas gargalhadas nas esplanadas durante julho e agosto, mas tem que haver mais. Há a cumplicidade, que há, mas é uma cumplicidade restrita a um lugar e a um momento, que não me faz querer ter uma mensagem a perguntar o que estou a fazer nem a que horas vou dormir. E se algum dia passar para um ponto mais à frente, é porque houve muito boa conversa sem prés intenções associadas."