quarta-feira, 5 de junho de 2013

conversas no metro

Ontem, estava eu à espera do metro (já disse que amava ter um metro até à mais pequena aldeia do interior e que passava de dois em dois minutos?) e uma educadora de infância, numa aparente visita de estuda, grita com a criança. Vai daí, uma senhora toda indignada diz logo: havia de ter vergonha, pelo menos não fazia isto em público. O senhor para quem se dirigia não concordou, alegando que às vezes era necessário e etc e tal. Ora, a senhora que inicialmente estava capaz de arremessar com toda uma gama de rolos de massa à tal educadora, foi perdendo convicção naquilo que dizia porque não encontrou ninguém que a apoiasse.
Tudo isto para dizer o quê?! Já fiz muitos debates na escola e este é um mal comum. A maioria das pessoas tem medo das suas ideias sempre que alguém mostra uma opinião contrária. Ora, se eu sou totalmente contra às touradas vou dizer que aquilo é lindo só porque uma amiga minha passa a vida a gastar dinheiro para ver os parvos espetar facadas nos bichos (não era melhor ir a um talho, ver partir a carne?! bicho vivo ou morto, com ou sem pêlo, é similar para quem gosta de ver ali o sangue a escorrer)?! Não. Não vou. São as minhas ideias, as minhas convicções e, enquanto for fiel a elas, sou fiel a mim mesma. E não é isso uma das mais importantes coisas da vida?