Aqui há coisa de dois anos, no meu querido e amado secundário, conheci uma rapariga que vivia única e exclusivamente para a escola: grandes notas, amada pelos professores, reconhecida em todos os prémios, com os melhores trabalhos e afins. Não foi a nenhum evento marcante do secundário, nem a um que fosse da faculdade - baile de finalistas e praxes, respectivamente. Diz que é normal afastar-se das pessoas que conheceu até então, porque cada um tem as suas vidas, não tem facebook e só três ou quatro amigos no telemóvel. Tem um namorado (ou tinha), dois ou três anos mais novo, a sua única companhia nos intervalos de muitas tardes e manhãs.
A minha pergunta: alguém é feliz assim. E não, não é por não ir a este ou aquele evento, nem por não ser facebook addict. E, apesar de gostar de ter boas notas, ainda que estudar seja a maior seca de todos os tempos, não me vejo a chegar a casa e estudar, a deixar de todas as coisas que gosto para ter uma média de 19,9, a ver nos professores as pessoas com mais falo.
E porquê? Porque acho que nós cá andamos, essencialmente para sermos felizes. E sim, há diferentes formas de isso acontecer, seja a fazer equações uma tarde inteira, ou a vegetar tranquilamante no sofá all night long. Agora o que eu gostava mesmo era de saber se, esta rapariga, que é aquilo que os professores acham a aluna perfeita, é feliz, se nós conseguimos ser completos só com a vertente escolar/profissional.
Sinceramente, não me parece, mas num mundo em que há lagartos e dagrões, já nada me surpreende (ahahm piadinha).