Alguém me dizia que tudo na vida, todos na vida é/somos como um iogurte, ou seja, há um prazo de validade para tudo. E, apesar de querer dizer que não, que há coisas que são para sempre, que há amores por uma celebridade que vão ser para toda a vida (a partir de uma certa idade percebemos que este é o iogurte com menos validade), que há pessoas que nunca nos vão deixar e blá blá blá, tenho que admitir que, há medida que os anos passam e que as experiências acontecem, a teoria do iogurte começa cada vez a fazer mais sentido.
Não sei como vai ser a minha vida daqui a muito tempo, mas até esta coisa do tempo é subjectiva. Quando olhamos para trás e vimos que durante anos a fio a única coisa que mudava era a cor das unhas e, de um momento para o outro, começam a haver anos com três ou quatro mudanças drásticas, que me fazem ter tantas saudades da pacatez de outrora.
Mas, se a validade do iogurte não é um valor dado por meses ou por anos, é dado por?? No ideia. Mas gostava, gostava mesmo. De ter assim uma teoria brilhante em que pudesse explicar que, a cada mudança da nossa vida, o iogurte acaba, ou que a cada fase de instabilidade termina a validade. Mas não, nada disso, não sei porque será...
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...Talvez seja uma combinação de factores. Isso, deve ser isso. As mudanças, as fases mais conturbas. Ou então não. Então é tudo a ideia do destino, da predestinação, do nosso caminho que está logo traçado à nascença. E eu acredito nestas coisas. Não sou muito extremista, ou talvez seja. A verdade é que tenho medo de pensar se já está planeado, de que vale a pena o meu esforço. Mas depois, cada vez que acontecem coincidências, por mais pequenas que sejam, acho sempre que foi assim porque tinha de ser. (Serei bipolar?)
E às tantas já nos desviámos da teoria do iogurte, verdade? Pois bem, quando descobrir uma conclusão absolutamente brilhante, comunicar-vos-ei com todo o gosto. Assim sendo, voltamos ao assunto daqui a setecentos e vinte e dois anos.