Ainda me custa fazer esta pergunta, porque tenho medo, muito medo, de a resposta ser um sim. Tenho medo que se deixe para trás aquilo que não levou nem um nem dois meses a construir, tenho medo de pensar que, aos poucos e poucos, vão saindo da minha vida pessoas que foram tão importantes para mim e, desta vez, não é culpa minha.
Confesso que, se olhar para trás, houve muito boa gente com quem fui deixando de falar, porque não me apetecia, comecei a desleixar as relações (não foi só da minha parte, também é verdade) e hoje, essas pessoas, não passam de meros conhecidos, que digo olá se vir na rua e nada mais. Mas é diferente, acho que esses não foram mesmo mesmo amigos, foram pessoas que, essencialmente, eram a minha turma e acabávamos por passar tanto tempo juntos que eram automaticamente assumidos como amigos.
Só que o problema é quando se trata de pessoas que são realmente importantes, onde eu faço um enorme esforço por mandar mensagens, por falar no facebook, por tentar organizar encontros pessoalmente, mas é todo em vão. De uma forma brejeira, para dançar o tango, são precisos dois. E estou sinceramente cansada de ver todos estas inúteis tentativas, de ver que anda tudo tão ocupado com as suas novas vidas que se esquece de tudo o que veio de trás. Talvez também me deva dedicar mais à minha nova vida, a todas as novas pessoas que conheci, mas depois, quando não houver algum ser que compreende todos os melodramas para ouvir delírios nos momentos mais surreais, não digam que eu não avisei, seus grandes parvos!
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