A solidão é um dos maiores medos da humanidade, o Gabriel García Márquez disse o melhor que se podia dizer sobre isso e é quase contraditório falar disto no dia de hoje (é véspera de Natal, pessoas que estiveram em aulas até dia 21 e que nem se dão conta que o Natal já chegou) e dava por mim a pensar ainda mais nisto a ver o Super Pai (se me andam a perder isto na tvi ficção, o que é que vocês fazem da vida?!).
Num dos dias, o Vasco andava deprê por ter que passear sozinho e ver todas as pessoas alrededor com companhia. Isto é uma coisa que eu não percebo. Os meus amigos são uns trastes, os meus conhecidos piores ainda, arranjam sempre mil e uma desculpas para não tirarem rabo do sofá (e depois arrependem-se), por eles só pelo simples facto de estar frio ou não estar a chover significa logo ficarem enfiados no facebook. Como eu não sou assim, vá de apanhar grandes molhas para ir a algum lado que me agrade, às vezes até para fazer favores a este ou aquele. E é quando vou sozinha que dou por mim a pensar que há tão pouca gente a andar sozinha. Isto não me afecta, pelo contrário, até acho imensa graça de quando as pessoas olham para mim nas esplanadas do género "será que está à espera de alguém ou, coitado, teve um desgosto de amor e anda a afogar as mágoas pelas ruas natalícias". É mui divertido, a sério.
Noutro dos dias, o drama era o não ter namorado, o estar sozinho. Ora, se há coisa que eu nunca percebi é aquela necessidade que se tem de impingir pessoas umas às outras, de obrigatoriedade de se gostar de alguém, de a uma certa idade ter que se ter namorado ou, pelo menos, de já ter tido um melodrama amoroso. Credo, pessoas (!!) acalmem-se lá, que eu passo a explicar a situação. Então é assim, há pessoas que estão muito bem sozinhas, tão bem com elas próprias que não andam com uma necessidade extrema de arranjar um boyfriend, há pessoas com amigos, que estão absolutamente tranquilas, que não vêem necessidade nenhuma de enviar mensagens de meio em meio minuto para se saber o que se está a fazer. Depois, também há pessoas que ninguém lhes pega. E, há também aqueles casos mais graves, dos desgraçados que sofreram desgostos de amor e que nos próximos anos não estão nem aí para compromissos. Todos estes casos merecem respeito que, se há coisa irritante nesta vida, são as pessoas que têm a mania que são casamenteiras (ficam já a saber que isso não é ser casamenteiro) e que como não têm vida entretem-se a arranjar falsos esquemas amorosos.
E vá, depois desta linda reflexão, vão lá embutir-se em doces.
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