sábado, 29 de dezembro de 2012

a inutilidade de um curso superior

Contra mim falo, mas esta é a verdade. Os cursos superiores cada vez são mais inúteis quando pensamos no seu primeiro fim - tirar um curso e ter um emprego na área. Bem, dada a situação actual, isto é uma visão utópica, mas eu passo a explicar.
Acho muito bem que continuemos a investir na nossa formação, que façamos alguma coisa para progredir na nossa carreira académica e etc e tal. Mas o que se passa cada vez mais é que a formação num curso A, não vai ter emprego num curso A, porque de pessoas que com formação na área está o mercado saturado. Por isso, é que têm sucesso as pessoas com formação no curso A, que investem na área B. Têm novas ideias, novos conhecimentos e são capazes de criar as pequenas revoluções que, economicamente, têm sucesso.
Claro que isto exige muita perícia, que se quiserem farmácia e se meterem em literatura, não é por terem lido A Capital, do Eça que vão dominar as propriedade dos químicos dos fármacos. Nada disso, não se metam para aí com sonhos impossíveis que não é isso que se quer. Simplesmente é preciso sorte e, acima de tudo, ideias, empreendedorismo.
Mas calma!! Se são daquelas pessoas que sabem qual é a vossa vocação desde os três anos, não é caso para desistirem. Há sempre os casos tradicionais, cada vez mais escassos, convenhamos, que sempre quiseram um curso, são muito felizes nele e que ao fim de meia semana de o acabarem estão a trabalhar (este último caso é mais recorrente para quem tem cunhas).
Contudo, é preciso adaptarmos a esta nova realidade, que eu até encaro com alguma satisfação. Já pensaram há quantos anos está este processo automatizado, curso, trabalho na área, emprego para a vida toda?! Precisamos de romper com as ideias mais convencionais, precisamos de novos projectos, precisamos de uma sociedade que não se restrinja a repetições porque, como dá para ver pelo estado disto tudo, isso já não rende.
Vamos lá, gente!!

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